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terça-feira, 1 de maio de 2012

Profecias, sociedade, "laranjas" e muita grana!
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Ligações "afetuosas" do governador Silval Barbosa com o apóstolo Valdemiro Santiago, dirigente máximo da Igreja Mundial do Reino de Deus, começam a render "frutos" em Mato Grosso

valdemiro santiago revista epoca 300x265 Revista Época faz uma matéria sobre o Apostolo Valdemiro Santiago

"Apóstolo" Santiago previu vitória de Silval Barbosa em MT. Há suspeitas que os dois sejam sócios em fazendas e outros investimentos, usando "laranjas"


As ligações do governador Silval Barbosa com o dirigente máximo da IGREJA MUNDIAL DO REINO DE DEUS, o apóstolo Valdemiro Santiago, vem de longa data e são do conhecimento geral. Tornaram-se mais profundas após a reeleição do governante, em 2010, quando se comprovou a realização de uma "profecia" feita pelo apóstolo no início da campanha, quando o ex-prefeito Wilson Santos ainda liderava todas as pesquisas de opinião e foi profetizada a vitória de Barbosa, até então em último lugar nas pesquisas. Dentre os boatos "vasados" na Capital, recentemente, prevalece a hipótese de que o apóstolo vem atuando no Estado como um grande parceiro, em primeiro plano, de investimentos feitos por grupos ligados ao governador, em setores diversos, inclusive no agropecuário. Wademiro tem adquirido grandes fazendas em Mato Grosso. As três últimas, no Pantanal, somam 26,1 mil hectares em território e valem no mercado mais de R$ 50 milhões. Depois de muitos "desmentidos, Santiago admitiu ser dono "SÓ" de uma delas, não apontando sócio(s) nas demais. No ramo da comunicação, por exemplo, o apóstolo e seus dirigentes regionais já ocupam horários nobres em grande parte da programação da RCC (Rádio Cultura de Cuiabá), AM de maior audiência na Grande Cuiabá, cujo controle acionário e administrativo foi adquirido por um conglomerado de empresas pertencente a familiares de Silval Barbosa, o Grupo Continental de Comunicação.

Como transformar um estado quebrado em perfeição administrativa

Não adianta, pessoal, as notícias que o Brasil tem de Mato Grosso não são as melhores. Pode até parecer que o estado está uma maravilha na imprensa local, amestrada, comprada e que usa o bairrismo como razão das suas matérias de ilusória perfeição administrativa. Usando a desculpa de que não quer “detonar” MT, jornais impressos e muitos sites, atuam como assessorias de imprensa, puxando o saco do gestor da hora, desinformando o leitor e recebendo seu cachê todo fim de mês. Além dos banners que os sites vendem (com tabele cheia, seja lá o que significa isso) ao governo, prefeitura, e outros órgãos públicos, ainda existe uma famigerada “venda de pesquisa”, quando um veículo fecha com um instituto e depois rateia o valor cobrando de “patrocinadores”. Fora tudo isso, existe uma verba de R$ 10 mil reais que cada deputado de Mato Grosso tem por mês, para “investir” em sites de sua região.

Mas quando se consegue furar essa barreira e passa a se informar com a imprensa nacional, o que se vê são notícias de descasos, irresponsabilidade e ladroagem, muita ladroagem.

A imprensa local, não se enganem meus caros leitores, com raras e bravas exceções, presta um desserviço ao povo deste estado. Diferente da imprensa ideológica, esses “empresários” da comunicação encontraram uma forma de se darem bem, manipulando a informação ao gosto do freguês. E os com menos escrúpulos ainda (sim, isso é possível), achacam, chantageiam e inventam notícias quando um ou outro político não aceita entrar no “pacote”. Vou contar novamente a vocês um caso verídico que já publiquei outras vezes, claro, sem citar os nomes. Certa vez o responsável por um site procurou um secretário municipal. Tinha em mãos uma matéria “bomba”, “nitroglicerina pura”. O secretário leu e disse: mas isso não é verdade. O dono do site: “olha secretário, sendo ou não verdade, até o senhor explicar vai levar tempo e pode atrapalhar sua candidatura este ano”. O secretário argumentou que era um absurdo, isso não era verdade. O responsável pelo site foi direto: para não publicar é tantos mil reais. “Mas eu não tenho esse dinheiro”, disse o secretário. “Roube”, sugeriu o responsável pelo site.

A função da imprensa é de criticar, incomodar, cobrar dos governos a correção de rumos. Fora isso é assessoria de imprensa ou ‘acordo comercial’.



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