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sábado, 1 de fevereiro de 2014

VOLTAS QUE O MUNDO DÁ!

Prestes a ser despejado do Palácio 
Paiaguás, ironicamente, numa trama do destino, governador Silval Barbosa teve como um dos primeiros denunciantes do processo em pauta no STF o prefeito Mauro Mendes, hoje sócio em negociatas milionárias, mas ferrenho adversário político em 2010


Mendes e Silval, agora carne e unha...

Graças à vigência de lei feita pela Assembleia de Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) conseguiu se livrar, até agora, de responder pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, supressão de documento, peculato e ordenação de despesa não-autorizada, atribuídos a ele durante o período em que exercia mandato de deputado estadual, ocupando a presidência da AL-MT. De acordo com a peça inicial acusatória,os denunciados (Silval mais 13 pessoas) teriam se associado com a finalidade de praticar delitos,desviando dinheiro público mediante fraudes em procedimento licitatórios para pagamentos de serviços não prestados, ocultando e dissimulando a origem ilícita do dinheiro obtido, valendo-se para tanto, de "empresas fantasma". Em 2010, conforme denúncia do hoje prefeito Mauro Mendes (PsB), o valor (NUM DOS PROCESSOS) era estimado em R$ 600 mil.

 No entendimento da Ordem dos Advogados Brasil (OAB)  a competência para julgar e processar governadores é exclusivamente do STJ, não podendo a Corte superior ficar a mercê dos membros do Legislativo. Ironicamente, o STJ  tentou por cinco vezes a permissão da AL para prosseguir com o processo, todas sem êxito, por conta de "acertos de última hora". No entanto,  o desfecho do caso corrupção ativa em Mato Grosso está cada vez mais próximo, já que após o envio de seguidas explicações da Assembleia  as etapas processuais foram concluídas e o caso está agora nas mãos do STF. E nesta semana, complicando ainda mais a situação do governador, que pode ser afastado do cargo de hora para outra, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu parecer pela procedência da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) em que o conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil questiona a exigência de autorização prévia da Assembleia para instauração de processos contra governadores. 

 O mais irônico ainda na calamitosa situação do governante de MT, é que poderá ser despejado do cargo com a ajuda direta de um cidadão que antes de virar seu sócio em negócios milionários no Estado, foi seu principal adversário político nas eleições de 2010, quando disputou a reeleição. O atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) bateu duro, efetuando várias denúncias pesadas, dentre elas a do envolvimento de Barbosa com desvio de recursos da AL-MT, onde Silval foi presidente e também primeiro secretário. 

Misteriosamente, após perder o pleito Mauro entrou com vários processos na Justiça contra Barbosa, mas na sequência desistiu de todos, virou sócio em mineradoras, construtoras e outras empresas (tendo o irmão do governador, Toninho Barbosa como principal intermediário), passando a contar ainda com o apoio do governador no seu objetivo de virar prefeito de Cuiabá, com êxito alcançado em 2012, ano em que Silval "APOIOU" Lúdio Cabral, do PT. 

Veja o que sites e jornais publicaram em Setembro de 2010...

 Mendes associa Silval a esquema ligado a Arcanjo

  De olho no segundo turno, o candidato do PSB a governador, empresário Mauro Mendes, acusou, durante o horário eleitoral gratuito dessa quarta-feira (22), o principal adversário, governador Silval Barbosa (PMDB), de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro num suposto esquema usando empresas de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, quando era integrante da Mesa Diretora da Assembleia Legio slativa. 

 A denúncia divulgada pelo socialista relata que, num dos processos movidos pelo Ministério Público Estadual (MPE), Silval e outros parlamentares são acusados de desviar mais de R$ 600 mil. “A acusação do MPE é clara. Não há dúvida de que os requeridos agiram criminosamente”, diz trecho do programa. Já prevendo segundo turno, Mendes, por meio do apresentador, enfatiza que a disputa será entre a “honestidade contra a corrupção”, nesse caso, ele seria o honesto. 

Para reafirmar isso, usou vários depoimentos de eleitores defendendo a mudança na política. “Chega de roubo. Chega de ladroagem e vamos colocar o novo”, afirma um dos participantes do programa. Mendes, porém, aparece no programa apenas após as denúncias ao rival peemedebista. No restante do horário, promete investimentos na educação, saúde, segurança e geração de empregos. Num tom sereno, garante que, se eleito, vai gerar 200 mil novos empregos em quatro anos e, para isso, investirá em qualificação profissional. 

 O coordenador jurídico da coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar, Francisco Faiad, adiantou que acionará Mendes na Justiça diante das acusações, segundo ele, infundadas contra Silval. “São informações caluniosas, com o intuito de atingir a honra do cidadão Silval Barbosa. Mas, é importante observar que, quem tem que justificar à sociedade e à Justiça os processos na Polícia Federal, é o próprio Mauro Mendes”. Para o advogado, a atitude do socialista reflete o desespero por aparecer em desvantagem nas pesquisas de intenções de voto. "Isso demonstra despreparo e desespero, e merece o repúdio de todos”, avaliou Faiad.

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