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quinta-feira, 22 de maio de 2014

INVESTIGAÇÕES DA PF COMEÇAM A MOSTRAR DETALHES DE COMO OCORREU O ABASTECIMENTO DO CAIXA II NA CAMPANHA DE SILVAL BARBOSA


 A coisa vai feder, e muito. As investigações da PF estão apenas no início e tudo tende a descambar para perda de mandato do governador Silval Barbosa nos próximos dias...Principal alvo da Operação Ararath, o empresário Júnior Mendonça, dono da Global Fomento e da Amazônia Petróleo, afirmou à Polícia Federal que o escritório dos irmãos advogados Alex e Kleber Tocantins Matos, em Cuiabá, teria sido utilizado em uma "operação de lavagem de dinheiro”. De acordo com a investigação da PF, e com base no depoimento de Mendonça, a finalidade da operação seria o "desvio de recursos" oriundos de um precatório judicial em nome da Hidrapar Engenharia Civil Ltda, no valor de R$ 19 milhões. O dinheiro desviado serviria, também, para o pagamento de um empréstimo tomado pelo governador Silval Barbosa, em 2008, no valor de R$ 4 milhões. Mendonça, acusado de montar uma rede para lavagem de dinheiro, disse que foi procurado por Silval Barbosa, entre julho e agosto de 2008, na época vice-governador, solicitando um empréstimo de R$ 4 milhões. O encontro foi no escritório da Global Fomento, em Várzea Grande. A garantia dada, segundo o empresário, foi uma nota promissória no mesmo valor, tendo como emitente e avalistas Silval Barbosa e Eder Moraes. Conforme Mendonça, o dinheiro seria utilizado para "atender as necessidades do PMDB”. Passados dois dias, Silval teria ido novamente à factoring e retirado vários cheques do Bradesco, segundo consta no inquérito da PF. 

Segundo a investigação, Medonça disse que Silval, em dois encontros, não lhe relatou a forma como o empréstimo seria pago - apenas que Eder Moraes, então secretário de Fazenda, efetuaria o pagamento. Para a Polícia Federal, Mendonça contou que, em março de 2009, sem que o valor tivesse sido honrado, ele procurou o então secretário de Fazenda. “Na oportunidade Eder Moraes relatou que seria depositado em sua conta um TED, no valor de R$ 4.750.000,00; que o depoente ressaltou a Eder que o valor a ser depositado seria maior do que o devido, mas Eder o orientou que recebesse esse TED do Escritório Tocantins Advocacia, para que depois voltassem a conversar”, diz o inquérito da PF. No inquérito, consta que o TED foi depositado na conta de Mendonça pelo escritório dos advogados. O empresário disse que, depois de um tempo "entendeu que, na verdade, sua conta corrente foi usada para movimentar o dinheiro de interesse de Eder Moraes. Depois da transação, Eder disse que Mendonça deveria ficar apenas com uma parte do dinheiro, pois ainda tinha outra parcela a receber do mesmo escritório de advocacia. À PF, Mendonça disse que percebeu que Eder tinha mais dinheiro a receber do escritório dos irmãos Tocantins, mas foi "enrolando" para pagar o restante. Eder disse também que tinha a receber dos Tocantins Advocacia outra parcela da quantia inicial de R$ 9.500.000,00”. O valor de R$ 2 milhões, segundo Mendonça, foi pago a Eder, em 25 de março de 2009, mediante emissão de diversos cheques - e ainda alguns TED´s a favor de empresas e pessoas físicas indicadas por Moraes.

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