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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

MAIS UMA "OPERAÇÃO" FERRANDO A VIDA DE SILVAL, FAYAD E LÚDIO CABRAL, ENTRE MUITOS OUTROS

 A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, determinou a prisão do advogado Francisco Faiad, nesta quinta etapa da Operação Sodoma, com base em delações de envolvidos nestas investigações e considerou que o advogado usou dinheiro público, desviado em esquema de combustíveis, para pagar dívida pendente de campanha eleitoral e fazer caixa para novas disputas. A Delegacia Fazendária (Defaz) deflagrou a quinta etapa da Sodoma hoje (14). Peemedebista, Faiad disputou em 2012 a Prefeitura de Cuiabá, como vice na chapa encabeçada pelo médico petista Lúdio Cabral, que nesta manhã foi conduzido coercitivamente à Defaz, onde presta depoimento. Não se elegeram, mas teriam restado dívidas. Advogado Faiad também disputou em 2014 uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) como deputado estadual. Mas também não foi eleito. Na decisão, a juíza cita que no "período em que Francisco Faiad integrou a organização criminosa", iniciando em 11 de janeiro de 2013, na condição de secretário de Estado de Administração, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ocorreu, por meio da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda., o desvio de dinheiro público na ordem de R$ 1.7 milhão. A magistrada considera que o dinheiro serviu para o pagamento de dívida da campanha eleitoral de 2012. A magistrada cita ainda o desvio de mais R$ 916.875, ou seja, aproximadamente mais R$ 1 milhão para "formação de um caixa da futura campanha eleitoral do grupo político de Silval Barbosa no ano de 2014", quando Faiad tentou eleger-se deputado. Sobre a verba de combustível, era "criminosamente" registrada na SAD como se estivesse sendo aplicada realmente nisso. Mas "o que consta é que o consumo não ocorria".

 Sobre Lúdio, a juíza Selma comenta na decisão que embora não esteja apontado como envolvido direto na trama criminosa teve muita proximidade com "o palco onde os fatos aconteceram" e foi beneficiado direto pelo produto dos desvios. Muito dos fatos novos vieram a tona em revelações feitas pelos ex-secretários de Estado César Roberto Zílio e Pedro Elias Domingos de Melo, ambos do staff de Silval, que celebraram com a Justiça delação premiada. Ao citar tudo isso, a juíza determina, além de prisões, busca e apreensão contra Faiad e Lúdio e outros envolvidos nesta etapa da Sodoma, para possibilitar o acesso a documentos, objetos, como celulares e anotações, ou quaisquer elementos que possam ter relação com os ilícitos investigados. A juíza dá ordem para " abertura de portas, gavetas e outros mediante a utilização dos serviços de chaveiro, se necessário, bem como em seus veículos ou em dependências de seus locais de trabalho, residência ". A magistrada determinou bloqueio das contas no valor de R$5.855.000,00 contra o ex-governador Silval, ex-chefe de gabinete de Silval Sílvio da Cunha Barbosa, do ex-adjunto da SAD na gestão de Faid José Jesus Nunes, do próprio Faid e de Valdísio Viriato, da extinta Sinfra. Trancou também mais R$ 300 mil nas contas bancárias pessoais do empreiteiro Wanderley Facheti Torres, da Trimec, e do filho dele, Rafael Yamada Torres.

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