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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

FIGURÕES IMPOLUTOS  COM CORDA NO PESCOÇO
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FILHO DE SILVAL BARBOSA  ENTREGA ATÉ  "PRIMO DO PAPA" EM DELAÇÃO PREMIADA

Rodrigo Barbosa 

Ele sabe de muitas coisa cabeludas. Era o braço direito  do pai e um dos três homens da sua  inteira confiança na arrecadação e distribuição de propinas. Por isto tem muito figurão da política local e até do exterior, incluindo um empresário argentino, primo do Papa  Francisco, tremendo dos pés a cabeça, agora que  o filho e o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) tiveram suas delações premiadas homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. As delações de Rodrigo Barbosa e Silvio Araújo estão anexadas no mesmo procedimento do peemedebista. Os três acordos foram firmados com a Procuradoria Geral da República (PGR) e homologados no dia 9 de agosto. Assim como a delação de Silval, os depoimentos de Rodrigo e Silvio também continuam parcialmente em sigilo. Tal sigilo, inclusive, é alvo de reclamação dos próprios advogados do trio. Os advogados Délio Lins e Silva, Délio Lins e Silva Junior e Victor Alípio Borges afirmaram que o sigilo imposto na delação foi tanto que “nem mesmo a defesa ficou de posse do referido acordo". Mesmo assim já vazaram alguns trechos.

 Como estas delações também tramitam no Supremo, o filho e o ex-assessor do governador, em tese, também apontaram crimes envolvendo agentes públicos do alto escalão do Poder Público, que teriam foro para ser investigados nesta Corte. Além das relações familiares e profissionais, Silval, Rodrigo e Silvio também têm em comum o fato de serem réus de ações penais derivadas da Operação Sodoma, investigação que chegou a levar o trio para a prisão. Esta operação, que já possui cinco fases, apura diversos esquemas comandados por Silval em sua gestão, consistentes na exigência de propina a empresários para a concessão de contratos com o Estado e incentivos fiscais, além de crimes de lavagem, desvio de dinheiro, fraudes à licitações, etc. 

 Até o momento, o médico e empresário Rodrigo Barbosa foi o único dos três que ainda não confessou os crimes dos quais é acusado – apesar de ter sido “dedurado” pelo pai como beneficiário das propinas pagas pelo delator Julio Tisuji, da empresa Webtech. Já Silval confessou seus crimes e devolveu R$ 46 milhões em bens aos cofres públicos. Silvio devolveu um imóvel avaliado em R$ 472 mil. Nos esquemas, conforme Silval e o Ministério Público Estadual (MPE), Sílvio Araújo era uma espécie de braço-direito do ex-governador e acatava suas ordens sem questionar, tendo também a função de ser o “fiscal” das propinas recebidas pelos membros da organização criminosa. Por sua vez, conforme as investigações, Rodrigo Barbosa receberia propina de algumas empresas que mantinham contratos com o Estado. Silval afirmou que só soube desse recebimento após a operação, mas essa versão é questionada pelo MPE e por outros réus confessos da Sodoma.

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