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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

DÓIA ENTREGOU PODRES DE SAVI NO DETRAN PORQUE TINHA MEDO DE SER "APAGADO"




FONTE: NOTÍCIAS DO NORTÃO

Dóia (FOTO) tinha medo de ser preso ou de ser assassinado a mando dos chefões que comandavam o esquema de corrupção no Detran-MT, entre eles o deputado estadual Mauro Savi. Essa revelação foi feita a parentes e amigos. O promotor de Justiça Roberto Turin, presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), afirmou que a delação do empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), traz fatos semelhantes aos narrados em 2015 pelo também delator e ex-presidente do Detran-MT, Teodoro Lopes, o “Dóia”. Ambos os depoimentos dão conta de esquemas de corrupção e propina dentro da autarquia, envolvendo a participação de políticos. A delação de Antônio Barbosa foi homologada no dia 9 de agosto pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Já a delação de Dóia está desde 2015 sob responsabilidade do desembargador José Zuquim, do Tribunal de Justiça, mas as investigações continuam sob sigilo. O depoimento de Antônio Barbosa dá conta de que o alegado esquema, envolvendo a empresa FDL Serviços de Registro de Cadastro e Informatização, que posteriormente mudou o nome para EIG Mercados Ltda, teria rendido propinas milionárias a Silval, ao presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), ao deputado Mauro Savi (PSB), além do ex-deputado federal Pedro Henry (PP), condenado no Mensalão.

 Em troca da colaboração, entre outros benefícios, ele poderia ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3, caso condenado, ou até mesmo não ser denunciado na esfera penal. “Esse acordo foi enviado ao Naco. E a partir de lá a gente não sabe o andamento que teve. Sei que está sob sigilo e envolve pessoas com prerrogativa de foro. Muitas vezes pode ser que o desembargador decretou esse sigilo justamente para apurar com mais profundidade e não atrapalhar as investigações”, disse Turin. Conforme o promotor de Justiça, os fatos narrados no pré-acordo possuem similaridade com a narrativa feita por Antônio Barbosa, mais conhecido como “Toninho Barbosa”, à Procuradoria Geral da República (PGR). “Pelo que eu já vi, a delação do Teodoro ‘bate’ mais com a delação do irmão do Silval, o Antônio Barbosa. Mas isso é algo que o Ministério Público vai poder averiguar melhor caso o ministro Luiz Fux compartilhe essas provas”.

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