Contador de visitas

sábado, 9 de setembro de 2017

EX-GOVERNADOR DESNUDA ANTRO DE CORRUPÇÃO EM QUE TRANSFORMARAM A ASSEMBLÉIA DE MATO GROSSO



Ciclo vicioso, assim definiu o ex-governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB), ao falar dos benefícios financeiros que levam os deputados estaduais à cobiçarem um lugar na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT). Ao delatar esquema de compra de votos para eleição da Mesa Diretora da AL/MT, Silval contou que sempre os integrantes da Mesa Diretora acabam obtendo um benefício financeiro maior que os demais deputados, o que gera, segundo ele, “um verdadeiro ciclo vicioso, motivo pelo qual, há grande cobiça por parte dos deputados Estaduais em assumir a Mesa Diretora”. Conforme Silval, no período em que foi governador - entre os anos de 2010 a 2014, ele suplementou o orçamento do Legislativo Estadual por inúmeras vezes para pagar, entre outras coisas, a eleição da Mesa Diretora. 

Umas dessas suplementações, ocorreram, segundo ele, nas eleições para as Mesas Diretoras dos biênios de 2011/2012 (José Riva como presidente e Sérgio Ricardo como 1º Secretário) e 2013/2014 (José Riva como presidente e Mauro Savi como primeiro-secretário). A suplementação, segundo Silval, foi devidamente acordada entre ele e os membros das respectivas Mesas Diretoras. Já no final de 2014, de acordo com o peemedebista, após José Riva ser afastado por força de decisão judicial do cargo de presidente da AL/MT, foi procurado pelos deputados estaduais Romoaldo Júnior (PMDB) – que estava na função de presidente -, e Mauro Savi – na função de primeiro secretário -, sendo que eles pediram para o então governador, suplementar o orçamento da AL/MT no montante entre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões, para que pudessem pagar a compra da Mesa Diretora para o biênio de 2015/2016. 

 Silval contou que concordou em auxiliar a compra da Mesa Diretora e repassou, por meio de suplementação orçamentária, o valor de R$ 7 milhões para o Legislativo. Para complementar o valor, e pagar pelos votos dos colegas de parlamento, Romoaldo e Savi emprestaram R$ 2 milhões do empresário Wanderley Fachetii Torres, proprietário da TRIMEC Construções e Terraplanagem LTDA. No entanto, o valor pago pelos deputados Guilherme Maluf e Ondanir Bortolini (PSD) – popular Nininho, foi maior do que o oferecido por Romoaldo e Savi, o que afundou o plano dos dois, segundo Silval. “Romoaldo Júnior e Mauro Savi acabaram não conseguindo assumir a Mesa Diretora no biênio 2015/2016, pois eles informaram que a Mesa custou R$ 16 milhões de reais, assumidos por Maluf e Nininho” diz trecho da delação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário